segunda-feira, 7 de março de 2011

Chuvas de Abril

Nas vidraças dos meus olhos
Chovem saudades, tormentos,
Matéria dos desalentos
Da vida desfeita em escolhos!

No nevoeiro escondo a alma;
Estou presa num sobressalto
Sou náufrago no mar alto
Em busca de porto e calma!

Se não chorar não sossego
Preciso desse aconchego
Que tinha, de ti, num beijo!

Toma meu corpo febril
Recolhe as chuvas de Abril
E lava este meu desejo!

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