Chovia num verão insatisfeito
E a chuva engrossou o meu lamento;
Com as letras guardadas no meu peito
Escrevi, grande, o meu nome e dei-o ao vento…
Pedi-lhe que voasse, mas sem pressa
E levasse com ele o meu desejo;
Juntei o meu amor e a promessa
De sempre te querer, em cada beijo!
Foi-se o vento, abanando os arvoredos,
Soltando folhas velhas e vazias
Neste Outono que ameaça a liberdade…
A vida que nos sobra não tem medos;
Só rosas em botão e fantasias
E o meu nome a soprar, cheio de saudade!
Escrever o nome no vento, juntar-lhe uma boa dose de desejo e fazê-lo voar ao encontro do amor, é um privilégio de mentes iluminadas como a tua!
ResponderEliminarBelíssimo este teu soneto!
Parabéns, Elvira!
Manuel Amial