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segunda-feira, 7 de março de 2011

Chuvas de Abril

Nas vidraças dos meus olhos
Chovem saudades, tormentos,
Matéria dos desalentos
Da vida desfeita em escolhos!

No nevoeiro escondo a alma;
Estou presa num sobressalto
Sou náufrago no mar alto
Em busca de porto e calma!

Se não chorar não sossego
Preciso desse aconchego
Que tinha, de ti, num beijo!

Toma meu corpo febril
Recolhe as chuvas de Abril
E lava este meu desejo!

Ontem e Amanhã

O nosso amor de ontem
cobriu sois e planetas ….!
mas jaz agora, em cinza,
nas gavetas
onde dormem as memórias
dos sentimentos bons …

O nosso amor de ontem
foi luz no firmamento
unguento
em devoto ritual;
fez-me, em ti,
virgem no achar do amor puro;
foste porto seguro e
eu fui barco veloz
navegando,
ao som da tua voz,
em rio estreito e sem caudal …

O nosso amor de ontem
afagou linhas do tempo
no meu rosto,
arejou minha alma
embaraçada,
ateou, por fogo posto,
o meu alento
e a ânsia de viver
irrompeu à desfilada!

Depois posou!
Tinha de ser?

Já não se vê arder
aquela chama…
já só encontro frio
em minha cama
e as cãs só entristecem
minha face serena.

No novo amanhecer
o nosso amor de ontem
vai morrer
mas o nosso amor de sempre
vai crescer
porque guardar,
no coração,
um grande amor
faz bem e vale a pena!

Elvira Almeida