imenso e fundo
em que me afogo?
És tu!
Sabes daquele céu
pintado a cores de brisa
onde me expando
e a minha alma
acha o que precisa?
És tu!
Sabes daquele ar
que o invade o peito
e me alimenta a vida
de paixão?
És tu!
Sabes daquele fogo
que se ateia com um beijo
e arde, arde
sem alarde
até fazer melodia
em nossa voz?
Somos nós!
És tu e eu
assim,
sem mais ninguém,
no nosso casulo perfumado,
por momentos
partilhado,
como gomos de fruta
delicada
da árvore do Amor
que nos contem!
E se souberes daquele chão
onde repouso
depois do sopro desta vida
se perder,
coloca nele
uma rosa amarela
e fica à espera
de ver,
através dela,
que o Amor nem tempo tem
e viverá …
… enquanto aquela rosa
renascer!
Elvira Almeida