Voo, com o meu cavalo alado,
pelos ares que me levam a ti...
Da minha boca
saíram palavras
que tinham de ser ditas,
bocados de mim
perdidos, mas logo achados
pelos caminhos marcados
para o seu regresso,
na encruzilhada da tua boca ardente
com o meu corpo nu
assente em firme chão,
lavrado e regado
pelo orvalho das noites
frescas de Verão...
Te aguardo...
Te adivinho
na volta da maré,
no ninho de cegonha
das terras planas e húmidas,
nas auroras boreais
dos nossos sentidos ...
na rosa, cuidada,
regada, que trazes na mão
aceite, entre gemidos ...
e sempre, sempre
a transbordar do
copo desse vinho,
maduro,
da nossa Paixão ...
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