No ar ainda virgem da manhã
passeando a liberdade
de sonhar,
vi um monte de pedras
isoladas…
despejadas,
sem história para contar!
Umas maiores,
outras mais diminutas
e entre todas elas,
uma me pareceu
que, caída do céu,
era uma das boas para talhar!
Peguei-lhe com carinho
para depois a trabalhar …
Cortei daqui, limei mais acolá
e de escopro e de martelo
fui vendo um entalhado,
já mais belo,
mas sem saber ainda
o que fazia a minha mão!
Mas quando terminei,
sem que sentisse,
como se Alguém me
minha vontade conduzisse
constatei, com devoção
que, de uma peça rude
de pedreira,
saiu uma estátua Tua
que guardo à cabeceira,
o mais perto que posso,
juntinha ao coração!
Elvira Almeida
É uma oração. Muito bonito. Beijos amiga.
ResponderEliminarQue talento poder transformar uma pedra numa pérola!
ResponderEliminarLindo este teu poema de amor!
É realment muito talento da sua parte escrevendo estas lindas palavras que dizem muito a muitos!
ResponderEliminarJá pensou em colocar em livro aquilo que escreve? Será um êxito!
Beijinho
Renato
Uma obra prima em palavras!
ResponderEliminarTransformar uma pedra, e atribuir-lhe um sentimento não para qualquer!
Jú
ELVIRA QUE DIFICULDADE TENHO EM COMENTAR COM PALAVRAS O QUE SINTO AO LER ESTE POEMA , POIS
ResponderEliminarINTERIORISO MUITO SUA POESIA!... OLHE EMOCIONANTE OBRIGADA !!!!!!!!! BJ
Tal como o escultor escolhe a pedra e esculpe a sua escultura, também a Elvira escolhe a palavra harmoniosa e esculpe o seu poema, em pedra talhado, que se junta a muitos outros, com os quais vai construindo uma obra que começa a emergir das suas mãos, poetisa escultora!
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